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Abr 19

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No final de 2020 tomámos a decisão de não colocar muito a Graça por aqui.
Queríamos que, ao crescer, não a fossem reconhecendo aqui e ali, porque não sabemos se isso a irá deixar desconfortável. Não somos nenhumas vedetas, mas é inevitável que, volta e meia, falem connosco na rua. E, se eu não me importo mesmo nada, porque gosto de vos conhecer e falar convosco, dar rosto às mensagens que recebo, o João fica meio envergonhado e sem saber o que dizer. 

Com a Graça, ainda não sabemos.
Mas sabemos que, quando dizem “olá Gracinha”, na rua. Ela faz um olá atabalhoado com a mão, ri-se com os olhos abertos e aperta depois os braços à nossa volta. É aventureira e destemida, mas gosta da segurança do colo, sobretudo quando vê pessoas que não conhece ou está em sítios aos quais não está habituada. 

Notámos muito isto ontem, na missa, quando se agarrou a mim assim, como está na fotografia e assim ficou durante uns bons 20 minutos (nada normal dela, que só quer estar no chão a colecionar pedras e paus, até ver um qualquer pássaro que a leva a correr atrás dele enquanto diz “passainhuuuuuu” e se ri que nem uma perdida).

Estamos na fase do “colo” cá em casa. Acho que estamos desde o primeiro dia, mas tem vindo a intensificar-se. 

Honestamente, já acho só que ela tem uma enorme sensibilidade. Acho que a Graça já percebeu que estou a precisar que ela precise do meu colo. E preciso também de vos ir dizendo isto: a minha vida não é só sustentabilidade. Prendi-me (de forma auto imposta) à ideia de que aqui só podia falar de sustentabilidade. Porque não queria distrair ninguém do tema, nem queria que esta página se tornasse num foco de egocentrismo onde importa a minha visão do mundo. Mas, para além do desgaste emocional que tem sido não me mostrar também nestes momentos (achei que me estaria a proteger, mas já só sinto que me estava a esconder e a enterrar emoções, que não quero enterradas), tenho-me vindo a aperceber cada vez mais de que sim, este espaço quer debater temas sérios, mas nunca conseguirei descolar a minha visão do mundo, naquilo que escrevo. Não tenho esse dom. 

Será, isso sim, um espaço onde a minha visão do mundo não vale mais nem menos do que a de ninguém.

No final de 2020 tomámos a decisão de não colocar muito a Graça por aqui.
Queríamos que, ao crescer, não a fossem reconhecendo aqui e ali, porque não sabemos se isso a irá deixar desconfortável. Não somos nenhumas vedetas, mas é inevitável que, volta e meia, falem connosco na rua. E, se eu não me importo mesmo nada, porque gosto de vos conhecer e falar convosco, dar rosto às mensagens que recebo, o João fica meio envergonhado e sem saber o que dizer.

Com a Graça, ainda não sabemos.
Mas sabemos que, quando dizem “olá Gracinha”, na rua. Ela faz um olá atabalhoado com a mão, ri-se com os olhos abertos e aperta depois os braços à nossa volta. É aventureira e destemida, mas gosta da segurança do colo, sobretudo quando vê pessoas que não conhece ou está em sítios aos quais não está habituada.

Notámos muito isto ontem, na missa, quando se agarrou a mim assim, como está na fotografia e assim ficou durante uns bons 20 minutos (nada normal dela, que só quer estar no chão a colecionar pedras e paus, até ver um qualquer pássaro que a leva a correr atrás dele enquanto diz “passainhuuuuuu” e se ri que nem uma perdida).

Estamos na fase do “colo” cá em casa. Acho que estamos desde o primeiro dia, mas tem vindo a intensificar-se.

Honestamente, já acho só que ela tem uma enorme sensibilidade. Acho que a Graça já percebeu que estou a precisar que ela precise do meu colo. E preciso também de vos ir dizendo isto: a minha vida não é só sustentabilidade. Prendi-me (de forma auto imposta) à ideia de que aqui só podia falar de sustentabilidade. Porque não queria distrair ninguém do tema, nem queria que esta página se tornasse num foco de egocentrismo onde importa a minha visão do mundo. Mas, para além do desgaste emocional que tem sido não me mostrar também nestes momentos (achei que me estaria a proteger, mas já só sinto que me estava a esconder e a enterrar emoções, que não quero enterradas), tenho-me vindo a aperceber cada vez mais de que sim, este espaço quer debater temas sérios, mas nunca conseguirei descolar a minha visão do mundo, naquilo que escrevo. Não tenho esse dom.

Será, isso sim, um espaço onde a minha visão do mundo não vale mais nem menos do que a de ninguém.
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Abr 17

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Quando acabei de ver o Seaspiracy, fiquei (confesso) desconfortável. Se grande parte dos problemas apresentados já me eram razoavelmente conhecidos, outros estavam a soar-me distantes daquilo que tinha aprendido. Senti-me desconfortável (e eu sou a pessoa que mudou a sua alimentação por causa do Cowspiracy) pela atitude privilegiada (não reconhecida) da conclusão de que: não podemos comer peixe porque nunca será sustentável. 

Podemos querer ou não comer peixe. Eu estou no meu direito de não querer, mas isso não invalida que reconheça que 1) existem populações que precisam do peixe para se alimentarem e 2) formas sustentáveis de comer peixe, que passam por técnicas artesanais, um consumo reduzido, o cumprimento das regras que proíbem a pesca de algumas espécies e a implementação de técnicas que permitem não apanhar pesca acessória nem pescado jovem.

Sou, no entanto, a primeira a reconhecer que o Seaspiracy trouxe a atenção necessária a um tema ainda pouco debatido e tão urgente (ou não fossem os oceanos importantíssimos ecossistemas e excelentes sumidoros de carbono). 

Querendo passar informação relevante também para o contexto português, fiz um live com a investigadora @_anacmoura_ , que ficou guardado aqui no IgTV. Deixo resumo:

- ~90% da pesca em Portugal utiliza técnicas artesanais (embarcações de pequeno porte que fazem “pesca polivalente (www.dgrm.mm.gov.pt/pesca-pp-info-geral).
- É obrigatório por lei, estar explícito, no ponto de venda, a origem do pescado e a técnica utilizada.
- As certificações não são perfeitas, mas são a melhor maneira de saber que existe alguma fiscalização. 
- A aquacultura, apesar de ter falhas, está longe de ser o que foi apresentado no documentário e tem vindo a ser cada vez mais transparente e eficiente.

Deixo o que me parece ser sensato recomendar: 
- Reduzir (mesmo) o consumo de peixe.
- Não comer espécies ameaçadas (ver o Guia do Pescado da WWF)
- Não comer peixes jovens (ver a régua “Deixem-me crescer” do Oceanário de Lisboa)
- Escolher peixe de origem local e pescado através de métodos artesanais (pesca polivalente).

Quando acabei de ver o Seaspiracy, fiquei (confesso) desconfortável. Se grande parte dos problemas apresentados já me eram razoavelmente conhecidos, outros estavam a soar-me distantes daquilo que tinha aprendido. Senti-me desconfortável (e eu sou a pessoa que mudou a sua alimentação por causa do Cowspiracy) pela atitude privilegiada (não reconhecida) da conclusão de que: não podemos comer peixe porque nunca será sustentável.

Podemos querer ou não comer peixe. Eu estou no meu direito de não querer, mas isso não invalida que reconheça que 1) existem populações que precisam do peixe para se alimentarem e 2) formas sustentáveis de comer peixe, que passam por técnicas artesanais, um consumo reduzido, o cumprimento das regras que proíbem a pesca de algumas espécies e a implementação de técnicas que permitem não apanhar pesca acessória nem pescado jovem.

Sou, no entanto, a primeira a reconhecer que o Seaspiracy trouxe a atenção necessária a um tema ainda pouco debatido e tão urgente (ou não fossem os oceanos importantíssimos ecossistemas e excelentes sumidoros de carbono).

Querendo passar informação relevante também para o contexto português, fiz um live com a investigadora @_anacmoura_ , que ficou guardado aqui no IgTV. Deixo resumo:

- ~90% da pesca em Portugal utiliza técnicas artesanais (embarcações de pequeno porte que fazem “pesca polivalente (www.dgrm.mm.gov.pt/pesca-pp-info-geral).
- É obrigatório por lei, estar explícito, no ponto de venda, a origem do pescado e a técnica utilizada.
- As certificações não são perfeitas, mas são a melhor maneira de saber que existe alguma fiscalização.
- A aquacultura, apesar de ter falhas, está longe de ser o que foi apresentado no documentário e tem vindo a ser cada vez mais transparente e eficiente.

Deixo o que me parece ser sensato recomendar:
- Reduzir (mesmo) o consumo de peixe.
- Não comer espécies ameaçadas (ver o Guia do Pescado da WWF)
- Não comer peixes jovens (ver a régua “Deixem-me crescer” do Oceanário de Lisboa)
- Escolher peixe de origem local e pescado através de métodos artesanais (pesca polivalente).
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Abr 16

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#pub Gosto sempre de vos trazer conteúdos de marcas responsáveis. E gosto ainda mais quando o embalamento é tido em conta na responsabilidade ambiental.
 
A @ritualscosmetics é já conhecida pela abordagem holística através da qual seleciona os ingredientes e já desenvolve refills há algum tempo (acho que me lembro de ver refills na Rituals há anos. A minha mae há pelo menos 4 anos que compra os refills dos ambientadores, pelo menos!).
 
Sabemos que aqui, na Do Zero, até seriamos menin@s para comprar a recarga sem ter sequer comprado a embalagem original para recarregar (é o que estou a fazer aqui na fotografia, com o gel de mãos do The Ritual of Karma, que coloquei num frasco vazio que tinha em casa). O mercado ainda não está “em massa” connosco, mas podemos dar o exemplo. Podemos escolher comprar refills e incentivar a que esta seja uma escolha prioritária. A marca concorda e, por isso, para celebrar a Semana da Terra (de 19 a 25 de Abril), de modo a incentivar a que mais pessoas fiquem fãs do sistema de refill, a Rituals oferece 20% de desconto nas recargas e estará associada a um dos maiores movimentos ambientais do mundo, a Earthday.org, que já plantou dezenas de milhões de árvores com o projeto The Canopy, plantando uma árvore por cada recarga vendida e contribuindo assim para a missão de restaurar a Terra.
 
E em que é que as recargas poupam o planeta, perguntam?
A marca fez análises de ciclo de vida com o The LCA Centre, para saber efetivamente quão melhores são as recargas, em relação aos produtos originais.
Assumindo que o cliente compra 5 recargas para uma de embalagem original (em vez de 6 embalagens originais), as poupanças são de:
- Creme de corpo: 66% no CO2; 56% na energia; 26% na água
- Sticks perfumadores: 42% no CO2; 55% na energia; 60% na água
- Cuidados de rosto: 74% no CO2; 69% na energia; 75% na água
- Gel de mãos: 61% no CO2; 66% na energia; 75% na água
 
São poupanças bem significativas que, enquanto consumidores, implicam pequenas mudanças muito fáceis de adotar.
 
#RefillMovement #RecargasRituals

#pub Gosto sempre de vos trazer conteúdos de marcas responsáveis. E gosto ainda mais quando o embalamento é tido em conta na responsabilidade ambiental.

A @ritualscosmetics é já conhecida pela abordagem holística através da qual seleciona os ingredientes e já desenvolve refills há algum tempo (acho que me lembro de ver refills na Rituals há anos. A minha mae há pelo menos 4 anos que compra os refills dos ambientadores, pelo menos!).

Sabemos que aqui, na Do Zero, até seriamos [email protected] para comprar a recarga sem ter sequer comprado a embalagem original para recarregar (é o que estou a fazer aqui na fotografia, com o gel de mãos do The Ritual of Karma, que coloquei num frasco vazio que tinha em casa). O mercado ainda não está “em massa” connosco, mas podemos dar o exemplo. Podemos escolher comprar refills e incentivar a que esta seja uma escolha prioritária. A marca concorda e, por isso, para celebrar a Semana da Terra (de 19 a 25 de Abril), de modo a incentivar a que mais pessoas fiquem fãs do sistema de refill, a Rituals oferece 20% de desconto nas recargas e estará associada a um dos maiores movimentos ambientais do mundo, a Earthday.org, que já plantou dezenas de milhões de árvores com o projeto The Canopy, plantando uma árvore por cada recarga vendida e contribuindo assim para a missão de restaurar a Terra.

E em que é que as recargas poupam o planeta, perguntam?
A marca fez análises de ciclo de vida com o The LCA Centre, para saber efetivamente quão melhores são as recargas, em relação aos produtos originais.
Assumindo que o cliente compra 5 recargas para uma de embalagem original (em vez de 6 embalagens originais), as poupanças são de:
- Creme de corpo: 66% no CO2; 56% na energia; 26% na água
- Sticks perfumadores: 42% no CO2; 55% na energia; 60% na água
- Cuidados de rosto: 74% no CO2; 69% na energia; 75% na água
- Gel de mãos: 61% no CO2; 66% na energia; 75% na água

São poupanças bem significativas que, enquanto consumidores, implicam pequenas mudanças muito fáceis de adotar.

#RefillMovement #RecargasRituals
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Abr 13

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Têm-me vindo a perguntar acerca da nova gama Eco do Continente. Da primeira vez que perguntaram, já eu estava com ela debaixo de olho. Experimentei. Fui ler. Fui perguntar. Fui ser chata como só eu sei, mas já tenho opinião formada e, como gostei efetivamente muito do que li, juntei-me ao Continente para vos apresentar a gama.

Acredito que os produtos mais sustentáveis devem ser acessíveis e ser eficazes. Se não forem, gera-se mais e mais descrença nas soluções ecológicas, o que vai ser contra-producente.

Confesso-vos que, quando vi esta gama, achei que seria “bom demais para ser verdade”. Porquê?
- É acessível à maioria da população porque existe praticamente em todo o país e não é mais cara. 
- É realmente eficaz (estava “de pé atrás” com o detergente de roupa que está na imagem, porque tenho um preferido e achava que não ia adaptar-me. Mas é muito bom mesmo. Por ser concentrado, basta muito pouca quantidade para lavar bem a roupa). 
- É efetivamente mais ecológica do que as alternativas que costumamos ver em supermercado. 

A parte ecológica resume-se bem no selo que se encontra nas embalagens “EU EcoLabel”. Se ouviram o episódio do podcast sobre certificações, sabem que esta é uma das que mais gosto, sendo que premeia produtos e serviços com standards ambientais considerados excelentes ao longo do seu ciclo de vida: da extração dos materiais, à produção, distribuição e descarte. É uma certificação que promove a economia circular e incentiva os produtores a gerarem menos lixo e CO2 na fase de produção. Para os produtos serem certificados Ecolabel, são auditados por especialistas independentes.

No caso deste detergente, para além de ser Ecolabel, é concentrado (o que faz com que um tamanho mais pequeno de embalagem renda mais utilizações, melhorando a pegada do transporte), a embalagem é feita de 50% plástico reciclado e é 100% reciclável, sendo que, por serem transparentes, as embalagens desta gama são mais facilmente recicláveis (como já sabe quem ouviu o episódio do podcast Do Zero sobre reciclagem!).

Uma excelente aposta do Continente, pela qual estão de parabéns.

#continenteECO

Têm-me vindo a perguntar acerca da nova gama Eco do Continente. Da primeira vez que perguntaram, já eu estava com ela debaixo de olho. Experimentei. Fui ler. Fui perguntar. Fui ser chata como só eu sei, mas já tenho opinião formada e, como gostei efetivamente muito do que li, juntei-me ao Continente para vos apresentar a gama.

Acredito que os produtos mais sustentáveis devem ser acessíveis e ser eficazes. Se não forem, gera-se mais e mais descrença nas soluções ecológicas, o que vai ser contra-producente.

Confesso-vos que, quando vi esta gama, achei que seria “bom demais para ser verdade”. Porquê?
- É acessível à maioria da população porque existe praticamente em todo o país e não é mais cara.
- É realmente eficaz (estava “de pé atrás” com o detergente de roupa que está na imagem, porque tenho um preferido e achava que não ia adaptar-me. Mas é muito bom mesmo. Por ser concentrado, basta muito pouca quantidade para lavar bem a roupa).
- É efetivamente mais ecológica do que as alternativas que costumamos ver em supermercado.

A parte ecológica resume-se bem no selo que se encontra nas embalagens “EU EcoLabel”. Se ouviram o episódio do podcast sobre certificações, sabem que esta é uma das que mais gosto, sendo que premeia produtos e serviços com standards ambientais considerados excelentes ao longo do seu ciclo de vida: da extração dos materiais, à produção, distribuição e descarte. É uma certificação que promove a economia circular e incentiva os produtores a gerarem menos lixo e CO2 na fase de produção. Para os produtos serem certificados Ecolabel, são auditados por especialistas independentes.

No caso deste detergente, para além de ser Ecolabel, é concentrado (o que faz com que um tamanho mais pequeno de embalagem renda mais utilizações, melhorando a pegada do transporte), a embalagem é feita de 50% plástico reciclado e é 100% reciclável, sendo que, por serem transparentes, as embalagens desta gama são mais facilmente recicláveis (como já sabe quem ouviu o episódio do podcast Do Zero sobre reciclagem!).

Uma excelente aposta do Continente, pela qual estão de parabéns.

#continenteECO
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Abr 12

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No dia em que uma cadeia de fast fashion lança uma campanha “sustentável”, queria vir falar da solução que, efetivamente, é a mais sustentável: utilizar o que já existe. Manter bem a nossa roupa é essencial para (1) a querermos continuar a usar porque está impecável e/ou (2) que continue a ter “valor de mercado”. A roupa em 2a mão não é roupa “má”, não é “lixo”. Tenho uma relação amor-amor com a segunda mão, porque me permite ter peças de roupa que, novas, não poderia comprar (em 2a mão é sempre mais acessível) e porque me permite fazer escolhas mais sustentáveis. 

Creio que somos responsáveis, com qualquer compra, por refletir sobre em que é que essa compra impacta a sociedade. A 2a mão é, para a maioria de nós, aqui na Do Zero, uma escolha. Mas, antes de ser uma maneira de consumirmos moda com a consciência mais tranquila, surgiu como a única possibilidade que alguns têm para se vestirem. Não escrevo isto para vos demover de comprar em segunda mão. Escrevo para que percebam que nem a compra de roupa em segunda mão pode ser vista como algo que pode ser consumido e descartado rapidamente. 

Quando partilhei, em Dezembro, que tinha investido nos sapatos da imagem, em 2ª mão, pediram-me para não partilhar “coisas dessas”, “caras”, porque está desfasado da realidade financeira da maioria. Mas, quando partilhei um post com várias páginas de 2a mão, perguntaram-me se, quem tivesse como investir, deveria fazê-lo fora das “lojas mais baratas”, para garantir que as pessoas que precisam de roupa mais em conta, o conseguiam fazer. E esta pergunta fez-me pensar. 

A resposta é... não sei. Eu escolho comprar (muito) pouco. E, por isso, posso investir em peças com qualidade e mais caras. Faz-me sentido porque gosto das peças e porque tenho como gastar esse dinheiro e deixar outras peças lindas e mais em conta para quem não tem. Mas gostava de vos ouvir sobre este tema. Porque não acho que exista uma resposta, mas sim um debate de ideias.

No dia em que uma cadeia de fast fashion lança uma campanha “sustentável”, queria vir falar da solução que, efetivamente, é a mais sustentável: utilizar o que já existe. Manter bem a nossa roupa é essencial para (1) a querermos continuar a usar porque está impecável e/ou (2) que continue a ter “valor de mercado”. A roupa em 2a mão não é roupa “má”, não é “lixo”. Tenho uma relação amor-amor com a segunda mão, porque me permite ter peças de roupa que, novas, não poderia comprar (em 2a mão é sempre mais acessível) e porque me permite fazer escolhas mais sustentáveis.

Creio que somos responsáveis, com qualquer compra, por refletir sobre em que é que essa compra impacta a sociedade. A 2a mão é, para a maioria de nós, aqui na Do Zero, uma escolha. Mas, antes de ser uma maneira de consumirmos moda com a consciência mais tranquila, surgiu como a única possibilidade que alguns têm para se vestirem. Não escrevo isto para vos demover de comprar em segunda mão. Escrevo para que percebam que nem a compra de roupa em segunda mão pode ser vista como algo que pode ser consumido e descartado rapidamente.

Quando partilhei, em Dezembro, que tinha investido nos sapatos da imagem, em 2ª mão, pediram-me para não partilhar “coisas dessas”, “caras”, porque está desfasado da realidade financeira da maioria. Mas, quando partilhei um post com várias páginas de 2a mão, perguntaram-me se, quem tivesse como investir, deveria fazê-lo fora das “lojas mais baratas”, para garantir que as pessoas que precisam de roupa mais em conta, o conseguiam fazer. E esta pergunta fez-me pensar.

A resposta é... não sei. Eu escolho comprar (muito) pouco. E, por isso, posso investir em peças com qualidade e mais caras. Faz-me sentido porque gosto das peças e porque tenho como gastar esse dinheiro e deixar outras peças lindas e mais em conta para quem não tem. Mas gostava de vos ouvir sobre este tema. Porque não acho que exista uma resposta, mas sim um debate de ideias.
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